Qual o computador ideal? Se a resposta não começar por “depende para quê”, a chance de errar é grande. Assim como os usuários, as máquinas têm perfis diferentes. E para quem vai comprar o primeiro micro, ou pretende trocar o velho PC de alguns anos, ter consciência de para qual finalidade vai usar o equipamento é o primeiro passo.
– É fundamental saber o que se pretende fazer com a máquina, qual a utilidade dela – explica o professor de pós-graduação e governança do Senac Informática de Porto Alegre Ery Jardim.
Quem usa o PC apenas para acessar e-mails e digitar textos, por exemplo, não precisa de um hardware muito avançado. Em outras palavras, as configurações de disco rígido, memória, processador e placa de vídeo não precisam ser tão altas.
Mas se você gosta de games sofisticados, deve investir mais. Foi o que fez analista de sistemas Rafael Fanti, 30 anos, de Porto Alegre, que desembolsou R$ 3,5 mil no computador. Desde a compra, há três anos, Fanti já mexeu na máquina.
– Fiz um upgrade, ao poucos, porque o computador já estava defasado para games. Primeiro, substitui a placa de vídeo e a fonte. No ano passado, troquei processador, placa-mãe e memórias. O HD, mudei para um maior no início deste ano – revela Fanti.
Outros usuários podem levar mais tempo para sentir necessidade de atualizar sua máquina. Por exemplo, alguém que comprou um micro com configuração simples, apenas para ler e-mails e escrever textos, e mantém esse perfil de uso, poderá permanecer com o mesmo computador por anos.
– Se os hábitos não mudam frequentemente, o computador dura muito tempo – avalia Jardim.
Mesmo assim, há uma configuração mínima que varia de tempos em tempos. Segundo o professor da Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) Júlio Machado, computadores com menos de 2 GB de memória RAM não valem mais a pena ser comprados.
SAIBA O QUE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO NA HORA DE COMPRAR O COMPUTADOR
Básico
Veja configurações sugeridas para três tipos de consumidores, de acordo com as atividades que mais realizam no computador:
Para que usa: e-mail, redes sociais, messengers e redação de textos
• Processador: 1 GHz
• Disco rígido (HD):160 GB
• Memória RAM: 2 GB
• Placa de vídeo: até 8 MB (onboard)
• Tempo estimado para troca: um a dois anos
• Custo: cerca de R$ 700*
Intermediário
Para que usa: acesso a redes sociais, vídeos online, downloads, planilhas, textos e apresentações
• Processador: 1,5 GHz a 2,0 GHz (dual core)
• Disco rígido (HD): 250 GB a 320 GB
• Memória RAM: 3 GB a 4 GB
• Placa de vídeo: 128 MB a 256 MB (offboard)
• Tempo estimado para troca: dois a três anos
• Custo: cerca de R$ 900*
Avançado
Para que usa: games, vídeos e downloads
• Processador: 2,6 GHz (Quad Core)
• Disco rígido (HD): 500 GB
• Memória RAM: 4 GB
• Placa de vídeo: 512 MB (offboard)
• Tempo estimado para troca: até quatro anos
• Custo: entre R$ 1,4 mil e R$ 2,1 mil*
* Os preços são uma média do custo dos gabinetes de computadores. Não estão incluídos sistema operacional, monitores e outros acessórios.
Fontes: Ery Jardim, professor de pós-graduação e governança de Informática do Senac/RS, e Júlio Machado, professor da Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS). As médias de preços foram fornecidas pelas lojas Compujob e Philden, em Porto Alegre.
Extraído do Jornal ZH - 24/02/10 - Caderno Digital
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Reportagem da ZH - 22/02/2010 - O X da Educação
Alunos digitais, escolas analógicas
A maior parte das escolas privadas do Rio Grande do Sul dá a largada hoje para mais um ano letivo. O Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe) calcula que mais de 400 mil estudantes retornem às salas de aula. Neste início de ano, especialistas em educação fazem um alerta: a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo da chamada geração Y.
Confira como professores, pais e alunos podem encarar juntos este desafio.
Se um estudante do século 19 voltasse às aulas hoje, como boa parte dos alunos gaúchos, provavelmente se espantaria com o comportamento dos colegas e com a parafernália eletrônica que carregam nas mochilas, mas reconheceria de longe a sala de aula: o quadro negro, as fileiras de classes e a figura do professor à frente da turma lhe pareceriam muito familiares. Enquanto a geração do século 21 nasce plugada e desafia os modelos tradicionais de educação com inéditas formas de pensar e de aprender, a escola que se propõe a ensiná-los pouco se modernizou nesses dois séculos.
Diante do choque inevitável entre alunos digitais e um modelo de ensino analógico, especialistas alertam para um momento de ruptura: se quiserem continuar cumprindo seu papel, as instituições de ensino precisam se reformular. E para isso não adianta apenas investir em laboratórios de informática. É necessário repensar desde a maneira de se relacionar com os alunos até a geografia da sala de aula. Em vez de taxar os alunos de inquietos ou desinteressados, é preciso investigar o porquê dessa aparente apatia.
– Isso que a gente chama de indisciplina, desinteresse, apatia deve ser um motivo para mexer na qualidade da aula. Essa geração fuça, mexe, pluga, implode a escola que tem o modelo de aula dos séculos 18, 19 – adverte o professor e pesquisador Adriano Nogueira, que trabalhou com Paulo Freire e assina com ele diversos livros sobre educação, entre eles Que Fazer? – Teoria e Prática em Educação Popular.
Chamados de geração Y por sociólogos, os nascidos depois de 1980 são identificados por uma inquietação permanente, alimentada pela crescente velocidade das redes a que estão conectados. As mudanças são tão aceleradas que já há quem identifique uma geração Z. Segundo o pedagogo e conferencista Hamílton Werneck, autor de livros como Se Você Finge que Ensina, Eu Finjo que Aprendo, ela seria formada pelos nascidos depois de 1994.
– A Z é uma espécie de geração Y mais turbinada, está muito mais conectada no cyberespaço, e a escola está ficando para trás. O problema é que esses alunos também sofrem os efeitos da dispersão. Eles começam pesquisando sobre o Delta do Rio Parnaíba na internet, entram num link sobre o delta do Nilo, daqui a pouco já estão lendo sobre a última pesquisa do DNA de Tucancamon e não fizeram a pesquisa original. A escola tem um papel importante nessa mediação, ajudando a discernir informação – diz Werneck.
Para Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage, agência de pesquisa especializada em tendências, com sede em São Paulo, um dos problemas da escola atual é que ela mata a criatividade, ao padronizar alunos em seu modelo fabril. E a criatividade é justamente a principal exigência do futuro.
– Minha filha de oito anos assiste Discovery, Geographic Channel, acessa multiplataformas. Aí vem a professora no primeiro dia de aula e diz: “a pata nada”. Em seu formato atual, a escola mata a criatividade – critica Al-Assal.
leticia.duarte@zerohora.com.br
LETÍCIA DUARTE
A maior parte das escolas privadas do Rio Grande do Sul dá a largada hoje para mais um ano letivo. O Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe) calcula que mais de 400 mil estudantes retornem às salas de aula. Neste início de ano, especialistas em educação fazem um alerta: a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo da chamada geração Y.
Confira como professores, pais e alunos podem encarar juntos este desafio.
Se um estudante do século 19 voltasse às aulas hoje, como boa parte dos alunos gaúchos, provavelmente se espantaria com o comportamento dos colegas e com a parafernália eletrônica que carregam nas mochilas, mas reconheceria de longe a sala de aula: o quadro negro, as fileiras de classes e a figura do professor à frente da turma lhe pareceriam muito familiares. Enquanto a geração do século 21 nasce plugada e desafia os modelos tradicionais de educação com inéditas formas de pensar e de aprender, a escola que se propõe a ensiná-los pouco se modernizou nesses dois séculos.
Diante do choque inevitável entre alunos digitais e um modelo de ensino analógico, especialistas alertam para um momento de ruptura: se quiserem continuar cumprindo seu papel, as instituições de ensino precisam se reformular. E para isso não adianta apenas investir em laboratórios de informática. É necessário repensar desde a maneira de se relacionar com os alunos até a geografia da sala de aula. Em vez de taxar os alunos de inquietos ou desinteressados, é preciso investigar o porquê dessa aparente apatia.
– Isso que a gente chama de indisciplina, desinteresse, apatia deve ser um motivo para mexer na qualidade da aula. Essa geração fuça, mexe, pluga, implode a escola que tem o modelo de aula dos séculos 18, 19 – adverte o professor e pesquisador Adriano Nogueira, que trabalhou com Paulo Freire e assina com ele diversos livros sobre educação, entre eles Que Fazer? – Teoria e Prática em Educação Popular.
Chamados de geração Y por sociólogos, os nascidos depois de 1980 são identificados por uma inquietação permanente, alimentada pela crescente velocidade das redes a que estão conectados. As mudanças são tão aceleradas que já há quem identifique uma geração Z. Segundo o pedagogo e conferencista Hamílton Werneck, autor de livros como Se Você Finge que Ensina, Eu Finjo que Aprendo, ela seria formada pelos nascidos depois de 1994.
– A Z é uma espécie de geração Y mais turbinada, está muito mais conectada no cyberespaço, e a escola está ficando para trás. O problema é que esses alunos também sofrem os efeitos da dispersão. Eles começam pesquisando sobre o Delta do Rio Parnaíba na internet, entram num link sobre o delta do Nilo, daqui a pouco já estão lendo sobre a última pesquisa do DNA de Tucancamon e não fizeram a pesquisa original. A escola tem um papel importante nessa mediação, ajudando a discernir informação – diz Werneck.
Para Paulo Al-Assal, diretor-geral da Voltage, agência de pesquisa especializada em tendências, com sede em São Paulo, um dos problemas da escola atual é que ela mata a criatividade, ao padronizar alunos em seu modelo fabril. E a criatividade é justamente a principal exigência do futuro.
– Minha filha de oito anos assiste Discovery, Geographic Channel, acessa multiplataformas. Aí vem a professora no primeiro dia de aula e diz: “a pata nada”. Em seu formato atual, a escola mata a criatividade – critica Al-Assal.
leticia.duarte@zerohora.com.br
LETÍCIA DUARTE
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
ARTIGO SOBRE O PROINFO
O Secretário de Educação a Distância do Ministério da Educação, Carlos Eduardo Bielschowsky publicou o artigo TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS: O PROGRAMA PROINFO INTEGRADO. O texto é muito interressante e está disponível pra a leitura de todos.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Máquina de Quadrinhos: Turma da Mônica
A Máquina de Quadrinhos é mais uma criação da Maurício de Souza Produções e permite a criação histórias em quadrinhos com os principais personagens da querida Turma da Mônica.
O primeiro passo é registrar-se no site. Depois o usuário de forma intuitiva utilizando o mouse pode construir suas histórinhas usando os cenário, os personagens, objetos e balões, etc.
Depois basta publicar. O site permite que os usuários votem nas histórias dos demais autores, e ainda as mais votadas poderão até ser publicadas nas revistas da Turminha.
Crie a sua história também.
Dica encontrada em: http://rafaelnink.com/
O primeiro passo é registrar-se no site. Depois o usuário de forma intuitiva utilizando o mouse pode construir suas histórinhas usando os cenário, os personagens, objetos e balões, etc.
Depois basta publicar. O site permite que os usuários votem nas histórias dos demais autores, e ainda as mais votadas poderão até ser publicadas nas revistas da Turminha.
Crie a sua história também.
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